25/06/2015

Quais as diferenças entre sensibilidade ao glúten, alergia ao trigo e doença celíaca?





Quais as diferenças entre sensibilidade ao glúten, alergia ao trigo e doença celíaca?
A doença celíaca é autoimune desencadeada pela ingestão de glúten. O diagnóstico precoce é fundamental para que os sintomas desapareçam. O indivíduo com essa doença tem inflamação na mucosa intestinal, com manifestação de dor abdominal recorrente, náuseas, vômitos, empachamento do estômago e diarreia ou constipação e com isso diminuição na absorção de nutrientes. 
A sensibilidade ao glúten pode ser definida pela presença de alterações morfológicas, funcionais e imunológicas, que respondem com a exclusão do glúten e que não apresenta as características patológicas e laboratoriais que definem a doença celíaca.
A alergia ao trigo é definida como uma reação imunológica adversa às proteínas do trigo mediada por IgE - pode apresentar-se com sintomas respiratórios ("asma do padeiro" ou rinite, mais comum em adultos), alergia alimentar (sintomas gastrintestinais, urticária, angioedema ou dermatite atópica; principalmente em crianças) e urticária de contato. Os testes para alergia ao trigo incluem dosagem sérica de IgE ou testes cutâneos para o trigo. A sensibilidade ao glúten não celíaca é uma forma de intolerância ao glúten quando a doença celíaca e a alergia ao trigo forem excluídas.
Para diagnosticar os três casos, os exames laboratoriais, como anticorpos antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase positivos sugerem doença celíaca, embora altamente precisos e confiáveis, são insuficientes para um diagnóstico. A confirmação do resultado só ocorrerá por biópsia do intestino delgado com no mínimo a coleta de três fragmentos. 
Os sintomas tardios da sensibilidade ao glúten podem ser extra intestinais, como o aumento da chance de inflamações sistêmicas, doenças autoimunes (tireoidite de hashimoto, diabetes tipo I, hepatite autoimune), e alterações neurológicas como alterações do humor, agressividade, perda da memória, redução da capacidade intelectual e da disposição física e enxaqueca. É válido também comentar que de acordo com a Associação Americana de Diabetes, a cada 20 indivíduos com diabetes tipo 1, um deles é celíaco. Esta ligação acontece, pois ambas as doenças compartilham fatores de risco genéticos.
Se a pessoa tiver diagnóstico de doença celíaca, a retirada total do glúten é a conduta mais indicada. Tal retirada garante melhora do sistema imunológico e cessa quadros clínicos como coceira, diarreia, anemia e distensão abdominal, além de outros sinais que possam ser apresentados pelo paciente. A retirada parcial, indicada para quem apresenta certo grau de intolerância, pode trazer minimização de distensão abdominal, gases e quadros como urticária de contato.
Outra dica importante é que o glúten pode ser substituído pelas farinhas dos seguintes alimentos: milho (farinha de milho, amido de milho, fubá), arroz (farinha de arroz), batata (fécula de batata), mandioca (farinha de mandioca, polvilho doce, polvilho azedo, tapioca). Quinua e amaranto também são permitidos. Com respeito aos produtos industrializados, os pacientes com doença celíaca devem sempre ler os rótulos para certificarem-se de que o produto não contém glúten. Assim, a pessoa não terá perda nutricional e a alimentação poderá ser balanceada e saudável.
Fonte: Tarcila Ferraz de Campos

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